Diferente de um ambiente de testes local, os testes em nuvem oferecem uma abordagem virtualizada e compartilhada, contribuindo para melhorar o tempo de resposta e segurança. Os testes em nuvem automatizados permitem verificar itens como escalabilidade, confiabilidade e desempenho.
Testes em nuvem possuem quatro objetivos principais:
- Identificar a relevância de testes específicos;
- Configurar os ambientes para teste de nuvem;
- Compreender as características da nuvem e conduzir análise de risco;
- Simular desafios do mundo real através de estratégias de testes.
Existem diferentes modelos de nuvem que servem como base para estratégias de testes, dentre eles estão o software como serviço (SaaS), a plataforma como serviço (PaaS) e infraestrutura como serviço (IaaS). Essas estratégias podem usar os seguintes tipos de testes:
- Teste de desempenho e carga;
- Teste de stress;
- Teste de recuperação;
- Teste de segurança;
- Teste de integração do sistema (SIT);
- Teste de aceitação do usuário (UAT);
- Teste de interoperabilidade e compatibilidade.
A importância dos testes em nuvem vai além dos padrões de qualidade, aplicados em processos de teste, eles se tornam muito importantes pois possuem a capacidade de considerar variáveis de virtualização e compartilhamento, que muitas vezes não estão sob o controle de uma organização. As funções para essa prática incluem:
- Execução de hardwares virtualizados em pilhas de softwares que podem ser movidas ou replicadas entre máquinas físicas, de acordo com sua necessidade;
- Compartilhamento de recursos físicos entre aplicações em nuvem como rede e armazenamento de dados;
- Arquiteturas altamente escaláveis em tempo real, que lidam com aumentos de carga por meio de recursos físicos escalonados dinamicamente;
- Utilização de APIs para integração e gerenciamento.
Quais as vantagens em utilizar o teste em nuvem?
Segurança
Um dos principais fatores a serem levados em conta no desenvolvimento de testes em nuvem está relacionado à segurança. Não é novidade que quanto mais a tecnologia avança, mais necessitamos de cuidado nesse aspecto, principalmente na integridade das informações.
Em um sistema de nuvem, a proteção de dados deve ser cada vez mais eficiente. É importante que as empresas sejam mais estratégicas e menos operacionais. Portanto as empresas provedoras do serviço devem cuidar tanto da segurança dos dados e informações quanto das aplicações, enquanto os colaboradores se preocupam apenas na atividade-fim do negócio.
Ainda assim, isso não impede que as empresas estejam constantemente atualizando seus protocolos de segurança e buscando por novas soluções, já que os cibercriminosos se aperfeiçoam dia após dia.
Experiência do usuário
Vamos supor que os seus colaboradores não necessitam mais se preocupar com demandas operacionais maçantes durantes os testes, já que o sistema na nuvem realiza isso de forma automatizada. Dessa forma, podem priorizar tarefas e buscar soluções que realmente importam para o negócio e cliente final. Alguns benefícios de adotar os testes em nuvem incluem:
- Precisão nos processos;
- Diminuição de bugs e falhas;
- Eficiência na realização de tarefas;
- Inovação e criação de funcionalidades;
- Monitoramento de aplicações, trazendo melhores resultados.
Redução e otimização de custos
Uma vantagem significativa em investir em testes na nuvem está ligada à redução e a otimização de custos. Isso ocorre devido a facilidade e escalabilidade em que ocorre o dimensionamento de demandas na nuvem.
Normalmente, no modelo tradicional de realização de testes, o gestor deve se antecipar e prever situações e até mesmo adquirir espaço de armazenamento muito antes de conhecer sua real utilização.
Já na flexibilidade oferecida pelo Cloud Computing, possibilita o pagamento apenas pelos recursos que serão utilizados, permitindo que o custo com aquisição de espaço seja realizado apenas quando for realmente necessário e isso pode auxiliar principalmente em tempos de baixa demanda.
Recursos em Nuvem para validação da resiliência e engenharia do caos
Ter certeza de que sua aplicação é resiliente é tão importante quanto prepará-la para falhas. Espera-se que o software opere de maneira robusta ao enfrentar condições inesperadas, pois uma única falha pode afetar fortemente os usuários do software.
E para garantir que o software responderá corretamente às falhas do mundo real, aplicamos a Engenharia do Caos que é um conjunto de práticas que submetem a aplicação a diversas falhas e interrupções que fatalmente ocorrerão em um ambiente produtivo, causando indisponibilidade ou mau funcionamento dos componentes, com o objetivo de observar, monitorar, responder e melhorar a confiabilidade da sua aplicação em circunstâncias adversas. E para isso temos diversos tipos de testes:
Provisionamento e Desprovisionamento: Verifica se os recursos na nuvem podem ser provisionados e desprovisionados de maneira automática e eficiente. Utilize ferramentas de IaC, como Terraform ou AWS CloudFormation, para criar scripts que definam a necessidade de infraestrutura.
Elasticidade: Testa a capacidade de escalabilidade automática dos recursos conforme a demanda. Simule picos de tráfego para garantir que a infraestrutura possa se expandir e contrair conforme necessário.
Validação de Configuração: Valida que os scripts de infraestrutura como código (IaC) estão corretos e não apresentam falhas.
Testes de Integração de Infraestrutura: Verifica se os diferentes componentes da infraestrutura funcionam corretamente juntos.
Injeção de Falhas: Simula falhas em diferentes camadas da aplicação e infraestrutura para avaliar como o sistema reage. Isso pode incluir interrupção de serviços, atraso na comunicação entre serviços, ou até mesmo a remoção temporária de instâncias de servidores.
Recuperação de Desastres: Avalia a capacidade do sistema de se recuperar automaticamente após uma falha ou interrupções. Isso pode envolver testes de failover em bancos de dados, recriação automática de instâncias de servidores, ou seja, um servidor backup.
Monitoramento durante Testes de Caos: Utiliza ferramentas de monitoramento para avaliar o desempenho do sistema durante os testes de caos e identificar todas as áreas que precisam ser melhoradas.
Testes de desempenho: Define claramente os objetivos de desempenho, incluindo métricas como tempo de resposta, taxa de transferência, utilização de recursos e escalabilidade.
Carga e Stress: Realiza testes de carga para verificar como o sistema lida com diferentes volumes de tráfego. Identifique possíveis gargalos e otimize a infraestrutura conforme necessário.
Latência: Avalia a latência do sistema em diferentes condições. Isso é crucial para garantir uma experiência de usuário consistente.
Testes de Recuperação de Dados: Define de forma regular e abrangente, você pode garantir a resiliência dos seus dados e a capacidade do sistema de recuperar informações críticas em caso de falha ou incidente.
Backup e Restauração: Testa a eficácia dos processos de backup e restauração de dados. Certifique-se de que os backups sejam realizados regularmente e possam ser restaurados de maneira eficiente.
Testes de Segurança: São essenciais para garantir a proteção dos dados e sistemas hospedados em ambientes de computação em nuvem.
Análise de Vulnerabilidades: Realiza análises de vulnerabilidades na infraestrutura e na aplicação para identificar possíveis brechas de segurança.
Testes de Invasão: Simula ataques para avaliar a resistência do sistema a ameaças externas.
Ao realizar esses testes em nuvem, você terá uma visão abrangente da resiliência do seu aplicativo e da capacidade da infraestrutura para lidar com cenários adversos. Lembre-se de que a resiliência é um processo contínuo e é importante repetir esses testes regularmente, especialmente quando há alterações significativas na aplicação ou na infraestrutura.