Com a popularização dos dispositivos móveis, o crescimento das redes sociais e a utilização massiva dos objetos conectados devido à internet das coisas, temos hoje uma explosão de dados sendo produzidos a cada segundo em todo o mundo.
Nesse mar de informações, quem tiver as ferramentas certas e o conhecimento para estruturar os dados mudará de patamar o setor de planejamento estratégico de sua empresa. Nesse cenário, uma atitude muito importante é a utilização do Big Data.
Para ajudar você a entender melhor essa realidade, neste texto seremos mais específicos e falaremos sobre a importância do uso do Big Data nas empresas. Confira!
Por que o Big Data surgiu?
O Big Data surge como expoente para que as corporações passem a tomar as suas decisões orientadas por dados, aplicando o Business Intelligence, que pode ser utilizado em empresas de todos os portes e segmentos. O termo Big Data remete a um conceito amplo, que abrange o conjunto de dados, estruturados ou não, que são gerados por todos os dispositivos conectados a web. O Conceito é baseado nos 5 V’s:
- volume: refere-se à quantidade de dados;
- variedade: tipos de dados que são produzidos, áudio, vídeo, planilhas, textos etc;
- velocidade: a rapidez com que esses dados são produzidos;
- veracidade: a credibilidade dos dados;
- valor: se os dados podem acrescentar à estratégia.
Quais são as principais utilidades do Big Data nas empresas?
Poderíamos escrever um e-book com todas as utilizações que o Big Data pode ter em uma empresa. Sua boa execução pode trazer diversas vantagens competitivas, da produção à entrega ao cliente. Aqui, resumimos essas vantagens em 5 tópicos. Acompanhe.
Desenvolvimento de produtos
Com a mineração de dados, as empresas podem antecipar os anseios dos consumidores, descobrindo as principais tendências. Por meio dos modelos preditivos, as corporações conseguem analisar os históricos dos clientes. Aliando essas informações ao perfil do consumidor, elas têm a possibilidade de desenvolver produtos que atraiam pessoas que tenham as mesmas características.
Por exemplo, empresas como a Netflix utilizam as redes sociais para fazer testes, enviando publicações para grupos segmentados a fim de ver a recepção de determinados trailers ou peças publicitárias. A finalidade é moldar os produtos para alinhá-los cada vez mais à satisfação daquele grupo de consumidores.
Manutenção preditiva
Com a internet das coisas, a manutenção preditiva ganhou contornos técnicos. Já é possível utilizar a Inteligência Artificial aliada ao Big Data para que seja feita uma análise dos dados que as máquinas produzem. O objetivo é detectar desvios, ou seja, dados que fujam de um determinado padrão e que indiquem alguma anormalidade.
Assim, fica mais fácil identificar e antecipar o tratamento de alguns problemas, como superaquecimentos, inconformidades de qualidade, problemas de processo, entre outros.
Experiência do cliente
As redes sociais abrigam bilhões de pessoas, por isso, qualquer empresa conseguirá encontrar o seu publico-alvo em uma ou mais delas. Essas redes são terrenos férteis para quem sabe utilizar as ferramentas certas, já que é possível minerar os dados e obter insights preciosos sobre os anseios, dúvidas e problemas dos consumidores. A empresa que consegue estruturar essas informações de forma eficaz conseguirá entregar o que o cliente quer, no momento em que ele mais precisa.
Proteção dos dados
O Big Data pode ajudar muito as empresas no momento de lidar com os riscos em relação à proteção dos dados da corporação, já que a maioria deles são sigilosos. Existem pessoas que dedicam os seus dias tentando fraudar e invadir a infraestrutura de empresas para sequestrar dados ou simplesmente roubá-los.
Mais uma vez a detecção de desvios entra em ação, pois com a análise dos dados, é possível encontrar inconsistências, como acessos ao servidor por dispositivos desconhecidos ou por IP’s de localização incompatível com a região onde a empresa atua.
Aprendizado de Máquina
Machine Learning, ou aprendizado de máquina, é a capacidade de um software aprender de forma autônoma, sem a interferência humana. Um dos principais facilitadores dessa tecnologia é o Big Data, que serve de fonte de aprendizado para o algorítimo.
Essa capacidade de aprendizado, por cruzamento de dados e tentativa e erro, permite que as máquinas tomem decisões autônomas. Isso ajuda em todos os tópicos anteriores e em outras atividades empresariais, principalmente nas relacionadas a análises e à mineração de dados para o planejamento estratégico.
E os profissionais liberais, também poderão usufruir das ferramentas do Big Data?
Em um futuro próximo, toda atividade burocrática será automatizada, e os profissionais que têm suas atividades baseadas em dados serão beneficiados.
Médicos e demais profissionais de saúde
Para salvar vidas, os profissionais de saúde devem priorizar a qualidade e a eficiência de seus trabalhos. As ferramentas de Big Data propiciam o cruzamento de dados de milhões de pessoas, além de evidências científicas que ajudam a aprimorar os diagnósticos.
Os hospitais mais modernos já adotaram os prontuários eletrônicos, que contam com dados completos sobre os pacientes, não só os pessoais, mas todo o histórico do indivíduo — evolução, medicamentos, exames etc. Com isso, fica mais fácil fazer tratamentos preventivos e obter métricas que ajudarão a diagnosticar outros pacientes com quadro parecidos.
Advocacia e atividades jurídicas
As soluções de Big Data analytics poderão agilizar a varredura de jurisprudências em uma determinada turma ou tribunal. Além disso, será possível realizar análises automáticas sobre temas específicos, bem como obter dicas sobre linhas de argumentação que devem ser seguidas de acordo com as decisões favoráveis.
Quais empresas já estão tendo sucesso com a utilização do Big Data?
Agora que você já sabe as principais utilidades do Big Data, vamos ver como as grandes empresas estão se beneficiando com essa ferramenta. Confira.
Nike
Uma das maiores fabricantes de materiais esportivos do mundo, a Nike, em parceria com uma empresa de tecnologia, desenvolveu um software de monitoramento de atividades físicas. Nesse software, o usuário, durante a prática, tem acesso a alguns dados, como batimento cardíaco, velocidade de corridas, distância percorrida, entre outros.
O programa estimula o praticante a compartilhar as suas conquistas nas redes sociais para desafiar os amigos e fazer comparativos. Assim, a empresa, utilizando ferramentas de mineração de dados, consegue analisar essa quantidade enorme de informações e retirar insights valiosos, que permitem entender os anseios de seu público e promover melhores produtos.
As mídias sociais são, sem sombra de dúvidas, as maiores receptoras de dados pessoais altamente reveladores sobre o perfil de um determinado grupo de pessoas. Com seus “modestos” 150 milhões de usuários ativos, o Pinterest utiliza o Machine Learning aliado ao Big Data para entregar os melhores conteúdos para os seus usuários. O algorítimo é aperfeiçoado ano após ano, com o objetivo de que os usuários recebam o que desejam e passem mais tempo na plataforma.
NFL
A liga esportiva mais popular dos Estados Unidos, e que ultimamente tem arrebanhado fãs no Brasil, sempre usou a análise de dados em seu planejamento estratégico, antes mesmo da existência do termo Big Data. Entretanto, nesse novo cenário, com a explosão de dados, a liga contratou especialistas que investiram em ferramentas de Big Data Analytics. Eles desenvolveram uma plataforma própria que foi disponibilizada para os 32 times da NFL.
Nela, as equipes podem coletar dados estatísticos para a preparação dos jogos e, assim, traçar estratégias mais eficientes, de acordo com cada adversário. Isso eleva muito a qualidade do jogo, garantindo uma maior satisfação do público e o desenvolvimento dos jogadores e da comissão técnica.
Neste texto, você conheceu um pouco mais sobre o Big Data e como ele pode ajudar as empresas em ações estratégicas. Não há como fugir dessa tendência. Os dados estão aí e quem souber analisá-los dará um passo enorme na frente da concorrência.
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