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Uma visão simplificada de Testes Estáticos para a Qualidade de Softwares

Tempo de leitura: 8 minutos

Quando se fala em garantir a qualidade de um software, diferentes tipos de testes que podem ser oferecidos e um deles é o teste estático que baseia-se em uma técnica que visa encontrar defeitos no código-fonte ou na documentação do software sem a necessidade de executá-lo.
Ao contrário dos testes dinâmicos, que envolvem a execução do programa para observar seu comportamento, os testes estáticos são realizados diretamente sobre os artefatos do software, o código desenvolvido, os documentos de requisitos e os diagramas de design.
O principal objetivo dos testes estáticos é identificar problemas o quanto antes, ainda no desenvolvimento do software, evitando que se tornem mais difíceis e gerem um maior custo para correção. Além disso, ajudam a melhorar a qualidade do código, promovendo boas práticas de programação e garantindo a conformidade com os padrões estabelecidos.

Benefícios dos Testes Estáticos

Os testes estáticos oferecem uma série de benefícios significativos para o processo de desenvolvimento de software, incluindo:

  • Detecção Precoce de Defeitos: Identificação de problemas no estágio inicial do desenvolvimento, quando são mais fáceis e baratos de corrigir.
  • Melhoria da Qualidade do Código: Promoção de boas práticas de programação e garantia de conformidade com os padrões e diretrizes estabelecidos.
  • Redução de Custos e Tempo: Minimização do retrabalho e redução do tempo gasto na resolução de defeitos.

 

Técnicas de Teste Estático

Existem várias técnicas de teste estático que podem ser utilizadas durante o processo de desenvolvimento de software. Cada um desses tipos de teste faz um tipo de análise no código. Abaixo segue as técnicas mais comuns e exemplos de aplicação:

T1 – Revisões de Código (Code Reviews): Envolvem a análise do código-fonte por membros da equipe de desenvolvimento para identificar problemas, erros de sintaxe, padrões de codificação inconsistentes e oportunidades de melhoria. Essa técnica é altamente eficaz para encontrar defeitos no código antes que eles se tornem problemas maiores.
Exemplo (Code Reviews):
Um desenvolvedor revisa o código-fonte de um colega de equipe e identifica que uma variável foi declarada, mas nunca utilizada. Eles apontam isso durante a revisão de código para que o problema seja corrigido antes de ser integrado ao repositório principal.

T2 – Análise Estática de Código (Static Code Analysis): É realizada por ferramentas automatizadas que examinam o código-fonte em busca de problemas potenciais, como variáveis não inicializadas, uso indevido de memória, vazamentos de memória, erros de lógica, violações de padrões de codificação e vulnerabilidades de segurança.
Exemplo (Static Code Analysis):
Uma ferramenta de análise estática de código identifica uma vulnerabilidade de segurança em um trecho de código onde uma entrada do usuário não está sendo validada adequadamente antes de ser utilizada, o que poderia levar a ataques de injeção de código.

T3 – Inspeções de Documentos (Document Inspections): Envolvem a revisão sistemática de documentos relacionados ao desenvolvimento de software, como especificações de requisitos, documentos de design e planos de teste. O objetivo é identificar inconsistências, erros, omissões e ambiguidades nos documentos que podem afetar a qualidade do produto final.
Exemplo (Document Inspections):
Durante a revisão de um documento de especificação de requisitos, um revisor identifica uma inconsistência nas descrições de um caso de uso. Ele observa que o mesmo requisito está descrito de maneira diferente em duas seções do documento e solicita uma correção.

T4 – Análise de Diagrama (Diagram Analysis): Envolve a revisão de diagramas de design, como diagramas de classe, diagramas de sequência e diagramas de fluxo, para identificar problemas de design, relações incorretas entre componentes e possíveis falhas de integração.
Exemplo (Diagram Analysis):
Um arquiteto de software revisa um diagrama de classe e percebe que uma classe está fazendo referência direta a outra classe em vez de usar um padrão de design de arquitetura mais adequado, como o padrão de design de camada.

T5 – Análise de Configuração (Configuration Analysis): Envolve a revisão das configurações de ambiente, bibliotecas de terceiros e dependências de software para garantir que o ambiente de desenvolvimento esteja configurado corretamente e seja compatível com os requisitos do projeto.
Exemplo (Configuration Analysis):
Um desenvolvedor revisa as configurações do ambiente de desenvolvimento e percebe que uma biblioteca de terceiros necessária para o projeto não está instalada corretamente. Ele corrige a configuração para garantir que todas as dependências estejam configuradas adequadamente.

T6 – Análise de Requisitos (Requirements Analysis): Envolve a revisão e validação dos requisitos do sistema para garantir sua completude, consistência, rastreabilidade e adequação aos objetivos do projeto.
Exemplo (Requirements Analysis):
Durante a revisão dos requisitos do sistema, um analista de negócios identifica uma lacuna na especificação onde um requisito essencial para o usuário final não foi incluído. Ele adiciona o requisito ausente para garantir que todas as necessidades do cliente sejam atendidas.

Boas práticas para os testes

Seguindo as boas práticas, as equipes de desenvolvimento de software podem aproveitar ao máximo os testes estáticos, o que significa que podem deixar o código mais limpo, evitar problemas e economizar custos, além de tornar o processo de construção de software mais leve e eficiente.
Comece cedo: Integre testes estáticos desde o início do ciclo de desenvolvimento de software. Quanto mais cedo os problemas forem identificados, mais fácil será corrigi-los.

Estabeleça padrões de codificação: Defina e siga padrões de codificação consistentes em toda a equipe de desenvolvimento. Isso facilita a identificação de problemas durante as revisões de código.

Utilize ferramentas automatizadas: Faça uso de ferramentas de análise estática de código para identificar problemas comuns, como variáveis não inicializadas, vazamentos de memória e violações de padrões de codificação.

Realize revisões de código regularmente: Estabeleça um processo de revisão de código entre os membros da equipe para identificar defeitos, melhorar a legibilidade do código e promover boas práticas de programação.

Documente e compartilhe conhecimento: Mantenha uma documentação clara sobre os padrões de codificação, diretrizes e melhores práticas, e compartilhe-as com todos os membros da equipe.

Automatize testes estáticos no fluxo de integração contínua: Integre testes estáticos no fluxo de integração contínua para garantir que problemas sejam identificados rapidamente e que o código não comprometa a integridade do sistema.

Faça testes de cobertura de código: Certifique-se de que os testes estáticos cubram todo o código relevante, garantindo uma cobertura abrangente e eficaz.

Avalie regularmente os resultados: Analise regularmente os resultados dos testes estáticos para identificar tendências, áreas problemáticas recorrentes e oportunidades de melhoria.

Promova a educação e o treinamento: Ofereça treinamento regular aos membros da equipe sobre as melhores práticas de teste estático e como utilizar efetivamente as ferramentas disponíveis.

Mantenha um ambiente de colaboração: Encoraje a colaboração e a comunicação entre os membros da equipe, incentivando o compartilhamento de ideias, experiências e soluções.

Pode-se concluir que os testes estáticos são como os “guardiões” da qualidade do software, ajudando a identificar e corrigir pequenos problemas no código e na documentação antes que eles se tornem “grandes dores de cabeça”. Ao adotar essas práticas de teste desde o início do desenvolvimento, as equipes conseguem entregar um produto final de melhor qualidade, economizando tempo e dinheiro, e proporcionando uma experiência mais satisfatória para quem o utiliza.

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